Continuo recebendo, a título de degustação, a revista "Contigo". Mal agradecida que sou, não vou assiná-la, mas aproveito algumas informações que chegam por ela. Duas declarações de conhecidos humoristas nos levam a pensar. Marcelo Madureira declarou à Folha de S. Paulo, em 1º de maio: "Quando criamos o jornal Casseta Popular nos anos 70, fizemos uma lista de piadas sobre negros. Hoje não posso caçoar de aeromoça, garçon, enfermeira, porque há uma indústria do processo".
Como que completando a afirmação do colega, disse Marcelo Tas, também na Folha do mesmo dia: "O humorista é um agente de saúde, no sentido de lembrar que somos precários, imperfeitos. Mas as pessoas querem viver num mundo sem imperfeições".
Os (bem) mais antigos já diziam "Ridendo castigat mores" (a sátira, rindo, corrige os costumes). A comédia exacerba alguma característica do satirizado, para que ela fique mais visível, mais facilmente compreendida e combatida, se for o caso. É pedagógica, portanto. Mas, pessoas há que preferem não ser compreendidas e julgadas. Daí a calar a boca dos humoristas é um passo!
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