Deu no Estadão: a cada 2 minutos, 5 mulheres são espancadas no Brasil. E olha que nem somos iranianas submetidas ao poder de vida e morte dos maridos. Mesmo com a fama de cordiais, alguns brasileiros, infelizmente, são tão trogloditas quanto o homem das cavernas. Tanta coisa mudou no mundo: hoje as mulheres vão à luta para colaborar com o orçamento, estudam, são ouvintes, confidentes, cúmplices, companheiras. E ainda assim, muitas recebem, de quem mais deveria amá-las, violência. Este comportamento fica ainda mais estranho e difícil de entender quando se tem contato com o grande número dos homens gentis, dedicados, respeitadores, amorosos.
Dá vontade de vociferar como minha xará deputada Cidinha Campos. Os agressores nem parecem pertencer à espécie humana. Falei e disse.
Um comentário:
É vago assinalar apenas que o assunto é "interessante". É um assunto delicado, dolorido e de extrema importância. Não conheço ainda nenhuma pessoa que se envolva em um relacionamento que pense assim: "Nossa! Em dois anos pretendo ter, ao menos, um olho roxo por parte de quem amo!" Ao ler o texto, lembrei da cena de "O Quatrilho", na qual Gianfrancesco Guarnieri, representando um padre, diz que não gostar de casamentos. Ao ser questionado por isso, diz que a noiva vem com os olhos cheios de esperança no dia do casamento e, após dois dias, está chorando no confessionário, arrasada com a própria sorte. As palavras não são exatamente estas, porém cabem para qualquer história na qual uma mulher sente-se envolvida, apaixonada, faz planos e recebe, literalmente, uma surra. Antes a agressão fosse apenas feita pelo destino... (Paula Hanke)
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