sábado, 4 de fevereiro de 2012

Em defesa dos ruivos

    A revista "Piauí" (edição de fevereiro de 2012)  traz matéria interessante sobre ruivos. Uma associação de pessoas de cabelos vermelhos formou-se em Porto Alegre, a exemplo de outros países, visando a defender direitos e esclarecer mitos. Entre os direitos almejados, querem eles estacionar mais perto da entrada de shoppings, uma vez que são mais propensos a câncer de pele, pela baixa produção de melanina.
    O problema maior dos nossos amigos de cabeleira flamejante é o bullying sofrido por essa minoria (menos de 2% da população mundial possui no cromossomo 16 uma versão recessiva do gene que produz o receptor de melanocortina 1, um dos responsáveis pela pigmentação da pele e dos cabelos). Pelos menos sensíveis eles são chamados de  "tocha humana", "água de salsicha", "cabeça de fósforo", "crush", "lagosta", "ferrugem", "foguinho", "cabeça de cenoura" entre mais de 60 apelidos catalogados por um dos manifestantes. Na Idade Média   eram tidos como fruto de sexo pecaminoso e mulheres ruivas foram perseguidas como bruxas.
    Já é hora de acabar com essa visão torta. Independente da cor dos cabelos (que na idade madura acaba branqueando como os demais), sob as cabeleiras ruivas há um cérebro que pensa e no peito deles também bate um coração. Igualzinho ao dos loiros, morenos ou castanhos, falsos ou verdadeiros!  

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