O caderno EDU, do Estadão de 31 de janeiro, traz matéria interessante sobre a carreira diplomática, uma das mais concorridas do país, segundo o jornal. Entre inúmeras informações sobre a história da diplomacia brasileira, os lances para se alcançar o cargo de embaixador, há um item interessante. O Itamaraty classifica os postos de embaixada em categorias. Há postos A (Berlim, Berna, Bruxelas, Buenos Aires, Lisboa, Londres), postos B (Atenas, Budapeste, Oslo, Montevidéu, Praga, Santiago, Tóquio), postos C (Ancara, Assunção, Caracas, Havana, Pretória, Seul, Varsóvia) e postos D (Bagdá, Brazzaville, Cartum, Nairóbi, Porto Príncipe, Teerã).
Uma pergunta fica no ar: se os demais países do mundo têm também uma classificação como essa, em que letra ficaria Brasília?
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
Deixem um lugar para nós!
Deu na Folha de sábado, 28 de janeiro: um dos pré-candidatos à Casa Branca, Newt Gingrich, foi alvo de deboche dos demais pré-candidatos, ao defender a criação de uma colônia americana na lua!
Segundo ele, tendo sido os primeiros a chegar ao satélite, os americanos não podem deixar que os chineses colonizem o espaço. Outros argumentos de Grinch são que a exploração da lua criaria empregos e que haveria possibilidade de criação de um novo estado americano, quando a colônia tivesse 13 mil moradores.
Ron Paul, outro pré-candidato aproveitou para dizer que a ideia seria interessante se fosse possível deixar alguns políticos por lá.
Aproveito a deixa para sugerir que se reserve um lugar (bem grande) para a exportação brasileira de políticos que andam aprontando por aqui!
Milgares ... e milagres
O engenho conhecido como JHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, está procurando provar a existência de uma partícula chamada bóson de Higgs, que, na teoria, daria massa às demais partículas. Por essa especial característica, ela é chamada por alguns como a “partícula de Deus”. Uma matéria publicada na Folha do dia 28 de janeiro relata que, para alguns pesquisadores, essa partícula não existiria ou seria uma miragem: não há indícios dela nos experimentos até agora feitos.
Ciência e religião estão sempre ligadas, uma querendo desdizer a outra, ou querendo colocar limites entre si. E enquanto isso ocorre, a ciência progride. Esse progresso científico, que abre clareiras na ignorância humana sobre os homens e o mundo, talvez seja o verdadeiro milagre que crentes esperam e que céticos enxergam de outra forma.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Questão básica: comida!
Deu no "Estadão" de ontem, sábado, dia 21: procuradores do Ministério Público e advogados públicos receberão 82 milhões de uma só vez, como auxílio-alimentação, suspenso desde 2004. 1,8 mil juízes federais e 2,5 mil do trabalho estão na fila de espera.O montante mensal é de 710 reais agregados ao contracheque da toga, diz o jornal.
O corte desse auxílio foi determinado pelo próprio Judiciário Federal, mas há vozes discordantes, como a do presidente da Associação dos Juízes Federais, Gabriel Wedy, para quem essa generosa benesse é "um direito garantido".
Discutir com tão emérita personalidade, não me atrevo. Mas, há uma pergunta que não quer calar: por que nós, reles mortais sem curso de Direito e sem toga, não temos direito a auxílio assim? Seremos seres diferenciados, ETs com outro metabolismo que não têm necessidade de alimentação?
O corte desse auxílio foi determinado pelo próprio Judiciário Federal, mas há vozes discordantes, como a do presidente da Associação dos Juízes Federais, Gabriel Wedy, para quem essa generosa benesse é "um direito garantido".
Discutir com tão emérita personalidade, não me atrevo. Mas, há uma pergunta que não quer calar: por que nós, reles mortais sem curso de Direito e sem toga, não temos direito a auxílio assim? Seremos seres diferenciados, ETs com outro metabolismo que não têm necessidade de alimentação?
Fama=dinheiro?
Deu na Veja (edição 2253): a fama vem, muitas vezes, acompanhada de recompensas financeiras. A declaração é fruto de pesquisa da economista americana Jo Piazza. Deve ser por isso que pessoas simulam gravidez quádrupla, outras não voltam do Canadá, uns mais ousados permitem, ou simulam um estupro, ou são realmente estupradas e trazem a polícia para as câmeras do BBB!
Fique de olho nos personagens de que me lembrei, evoque outros em destaque na mídia e decore seus nomes. Possivelmente um deles (ou todos) possam ser milionários por coisas que movimentaram os noticiários e as redes sociais, mesmo que por breves momentos.
Cruzeiro, nunca mais!!
A notícia trágica da semana foi o naufrágio do navio Costa Concordia e as trapalhadas de seu comandante em momento tão delicado. Segundo a mesma revista Veja (2253), o capitão acovardou-se. Trechos de conversa mantida por ele com a Capitania dos Portos de Livormo revelam uma pessoa perdida, irresponsável, levando puxões de orelha como garoto arteiro e desobediente.
Experimentei, há algum tempo, a sensação de viajar num navio desse tipo. Confesso que a experiência não me agradou: fiquei mareada, senti-me prisioneira num (luxuoso) hotel flutuante do qual só podia sair quando o danado atracava em algum ponto da costa.
Se eu já tinha o propósito de nunca mais me atrever a fazer um cruzeiro, agora ainda mais! Não quero correr o risco de ser premiada com um comandante do quilate de Francesco Schettino, que resolve saudar alguém numa ilhota qualquer, bate numa pedra, demora a tomar providências e me abandona ao léu, sem lenço, sem documento !
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Leituras de férias _ I
Neste final e começo de ano aproveitei para fazer as coisas de que gosto: conversar com os amigos, viajar um pouquinho e ler. Dos livros lidos nas férias, passadas as festas e os alvoroços da junção familiar, quero recomendar “Histórias íntimas”, de Mary del Priore, editado pela Editora Planeta do Brasil.
Na obra, a autora mostra como a sexualidade e a noção de intimidade foram mudando ao longo do tempo. Influenciadas por questões políticas, econômicas e culturais, passaram de um assunto a ser evitado a todo custo para um dos mais comentados no mundo contemporâneo. .A leitura é fácil, entrecortada por muitos relatos, alguns já conhecidos, mas vistos pela ótica da intimidade e sexualidade.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Leituras – II
Outro livro que me fez passar bons momentos foi "Borboletas da Alma", do dr. Dráuzio Varella, editado pela Companhia das Letras. Apesar de ter sido lançado em 2006, somente agora tive o privilégio de lê-lo. Trata-se de uma coletânea dos artigos publicados no jornal Folha de S. Paulo e na revista Carta Capital.
O título foi inspirado em um cientista espanhol que, ao estudar os neurônios disse que estes eram "as misteriosas borboletas da alma, cujo bater de asas poderá algum dia – quem sabe? – esclarecer os segredos da vida mental".
O livro está dividido em cinco partes: ‘Evolução’, ‘Dia-a-dia’, ‘A saúde no cotidiano’, ‘Drogas: remédios e dependência química’ e ‘Vida e morte’. De forma muito didática, Varella fala sobre medicina, comportamento social e sobre fatos biológicos que fizeram o planeta chegar onde está.
Como se trata de textos destinados ao grande público, leitor de jornal e de revista, a linguagem é clara, concisa, objetiva e elegante.
Aprende-se muito com as crônicas, que tratam desde evolução até problemas de saúde muito atuais.
A leitura me deu mais motivos para continuar a ser grande fã de Varella.
Leituras_ III
Estou ainda na parte inicial de “O livro do Boni”, escrita pelo próprio e editado pela Casa da Palavra, no final de 2011.
Gosto muito de biografias, desde que sejam objetivas e nos mostrem os diversos lados e nuances das personalidades biografadas. Tive esse retorno com a leitura das vidas de Chateaubriand, Evita, Tim Maia, Eni, a famosa dona de casa de prostituição. Todos os autores mostraram, nas obras citadas, o lado negro e o mais humano e surpreendente dos seus objetos de estudo e interesse.
No livro de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, por enquanto (estou na página 69, de 463) essa dualidade (ou multiplicidade) de pontos de vista não aparecem, uma vez que se trata de uma autobiografia. Ou seja, Boni está contando (até agora) somente coisas boas e edificantes a seu respeito.
Pode ser que até o final do livro o tom “vejam como sou esperto, trabalhador, dedicado, inteligente” se atenue. Se isso ocorrer, juro que conto a vocês!
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