sábado, 30 de abril de 2011

Haja manicômio!

      Não sou nem um pouco fã do Datena, que no final da tarde fica vociferando no vídeo, fazendo campanha pela pena de morte e  aplaudindo quem faz justiça com as próprias mãos.
      Mas sou obrigada a concordar com ele num comentário que fez outro dia, no programa. Foi diante da encenação da  procuradora Deborah Guerner, acusada no caso do mensalão do DEM. Suspeita de tráfico de influência na Operação Caixa de Pandora, ela teria passado informações privilegiadas a integrantes do governo do Distrito Federal. No momento de ser levada à delegacia, ela encenou um surto psicótico, agredindo jornalistas.
      O apresentador disse que, se a moda pega, vai faltar hospício no Brasil para abrigar criminosos de colarinho branco fingido-se de dementes!
      É isso aí, seu Datena!
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dor de amor

O que poetas e enamorados sempre souberam e proclamaram aos quatro ventos, há séculos, agora é verdade científica: coração partido dói. E a dor é física, constatam os pesquisadores americanos que registraram como isso ocorre: a separação da pessoa amada causa atividade cerebral na mesma região responsável pela dor corporal.
 A dor da rejeição amorosa já foi cantada em verso e prosa, no que se costuma chamar de música de fossa ou de dor de cotovelo. Agora se sabe que, mesmo não se localizando exatamente no cotovelo, ela existe e causa sofrimento.
Deu na Veja de 27 de abril. Se quiser ler mais, acesse www.veja.com/dizoestudo.

sábado, 23 de abril de 2011

Motos

Garimpando a Veja da semana passada (antes que a de amanhã chegue!), ainda dá para detectar notas dignas de nota!
Se você, como eu, considera que ser motoqueiro é ter um tantinho menos de amor à vida, pela velocidade com que SEMPRE trafegam, pelas “costuradas” no trânsito, pelas ultrapassagens e “finas” à esquerda ou à direita do nosso pobre veículo de quatro rodas, suas (nossas) suspeitas têm fundamento. A sessão “Números” (pág. 57) mostra que o número de mortes de motociclistas aumentou em 754% em dez anos! Enquanto o número de mortes por acidentes de carro é de 32 por grupo de 100 mil veículos, no setor motoqueiros é de 88.
Seria bom se alguém lembrasse aos jovens e velozes que as leis de trânsito (e de segurança) se aplicam também aos veículos de duas rodas!

Equívoco

Também na Veja pode-se ler que há uma geração de brasileiros quarentões que nunca se casou, deixando para mais tarde  a situação de viver uma relação amorosa sob o mesmo teto. É um nicho de grande poder aquisitivo, com bons cargos, hobbies sofisticados e poder de consumo elevado. As justificativas para o celibato voluntário são várias, mas um deles tem uma visão um tanto quanto distorcida de uma vida a dois. Luiz Fernando Biagiotti, de 42 anos, acredita que vai ser difícil “trocar o vinho e o brie por suco de uva e requeijão”!!
O que leva o moço a pensar que as mulheres não sabem apreciar um bom vinho e queijo francês?

Chalita

Conta-nos o Estadão de hoje, 22 de abril, que Gabriel Chalita foi lançado como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2012, na legenda do PMDB.
Chama a atenção na biografia do político sua grande produção acadêmico-literária: aos 42 anos, ele já  escreveu 54 livros! Mesmo tendo começado aos 12 anos, como consta na "Trajetória" do ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo, a conta é de 54 obras em 30 anos, o que dá quase dois livros por ano. Tem também graduação em Direito e em Filosofia, mestrado em Direito e  em Ciências Sociais e é doutor em Filosofia do Direito e em Comunicação e Semiótica.
Um prodígio.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Os reis também choram

Chega-me às mãos, para degustação,  a revista "Contigo" de 21 de abril. Suas páginas centrais prestam homenagem ao rei Roberto Carlos, pelos 70 anos de idade. Infelizmente, a essa homenagem foi acrescentada matéria sobre a morte prematura da enteada Ana Paula, filha de Nice, sua primeira mulher. Há um ano ele perdeu a mãe, dona Laura, por quem declarava pública e musicalmente seu carinho. Tudo isso sem contar a perda de Maria Rita, por ele proclamada como o amor de sua vida.
Na matéria, muitos famosos declaram sua devoção ao rei. Não sou um deles, mas quero também externar minha admiração pelo rapaz simples de Cachoeiro, cujas criações musicais embalaram nossos bailes e nossos romances.
Roberto não se envergonha de demonstrar sentimentos. Emociona-se e chora em público, quando a dor que o acomete se extravaza, liquefeita, nas lágrimas que todos veem. Assim age um homem. Assim age um rei!

domingo, 17 de abril de 2011

Sacerdote-fenômeno

As páginas amarelas da Revista Veja de 20 de abril trazem extensa entrevista com o padre Marcelo Rossi. Nela, o sacerdote fenômeno faz auto-promoção, lava a alma e um pouco de roupa suja, dizendo-se boicotado pela Arquidiocese de São Paulo, que o teria impedido de cantar para o papa. Critica os padres que usam carro importado e roupas de grife, alfineta o padre Fábio de Mello por não usar batina, etc e tal. Até aí, nada de mais, pois padres são pessoas humanas e como tais, estão sujeitos a esse tipo de mesquinharias e lamúrias.
O que me chamou a atenção foi a declaração do padre Marcelo sobre a batina, "a maior identidade sacerdotal. Acho um perigo não usá-la. A batina impõe respeito, é uma proteção _ inclusive contra o assédio das mulheres. Você não imagina a quantidade de besteira que eu ouço".
Não sei o que é pior para nós, mulheres: sermos classificadas como perigo em potencial ou como débeis mentais.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O príncipe e a plebeia

Famílias reais, tronos e linhagens parecem exercer um eterno fascínio sobre nós, meros mortais. A mídia tem ressaltado o próximo casamento do príncipe inglês William com Kate Middleton, filha de uma ex-aeromoça. A moça já vive sob os olhares do mundo, que analisa suas roupas, modos e palavras. Deve ser exaustivo!
A magreza da moça também é motivo para altas especulações filosóficas: será transtorno alimentar? Será estresse pré nupcial?
De qualquer modo, já sabemos o trajeto a ser percorrido pelos noivos e outros detalhes assim importantes.
Ah! Em tempo: verifiquei a lista dos 600 chamados à recepção no Palácio de Buckingham. Meu nome não consta lá. Deve ter sido esquecimento...

A expressão mineira UAI

Estou vendendo o peixe pelo preço que comprei, não me responsabilizo pela veracidade das informações. Mas pode bem ser verdade, não? E a historinha é bem plausível!  Leia!

 Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália  Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek quem os incentivou a  pesquisar a origem da expressão UAI. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou uma  explicação provavelmente confiável.
 Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: _ Quem é? E os de fora respondiam: _UAI (as iniciais de União, Amor e Independência). Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.
Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário cotidiano, quase tão indispensável como tutu e trem. Uai, sô...

Publicidade. Resistir quem há de?

Dê uma olhada no comercial, no link abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=BLGj6iSZvak
No fundo ele é um tantinho antiético pois as imagens primorosas mostram uma série de apropriações indevidas, mas é muitíssimo bem feito, original e criativo.
Muitas peças publicitárias, como esta, atingem o status de obras de arte pela concepção e pela realização.
E até me deu vontade de conhecer o carro! Exatamente o efeito que a publicidade quer provocar!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Doutores e doutores

O ex-presidente Lula recebeu, na quarta passada, dia 30, o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra, Portugal.
Esse título é concedido a personalidades que se tenham destacado pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras ou do melhor entendimento entre os povos.
A Universidade de Brasília, por exemplo, concedeu essa honraria a ilustres brasileiros como Abdias do Nascimento, artista e ativista do movimento negro, a José Mindlin, bibliófilo, ex-secretário de Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo, a Anísio Teixeira e Milton Santos, eméritos educadores, a Lygia Fagundes Telles e Jorge Amado, reconhecidos e amados escritores, a Dom Paulo Evaristo Arns.
Estou aqui confabulando com meus botões e fechos éclair, tentando descobrir o motivo pelo qual o galardão foi entregue a um homem que não se distingue em nenhum dos aspectos arrolados nas exigências da premiação e do qual não se pode dizer que tenha sido um paladino na luta pela livre manifestação do pensamento.
Me ajudem a entender, por favor!

domingo, 3 de abril de 2011

Você é inteligente?

Tenho visto esporadicamente “The Big Bang Theory”,  uma série de televisão americana sobre dois prodígios: um físico teórico (Sheldon Cooper) e um físico experimental (Leonard Hofstadter), que moram ao lado de uma atraente garçonete loira (Penny). A "nerdeza" e o intelecto puro de Leonard e Sheldon são comicamente contrastados com as habilidades sociais e o bom-senso de Penny, que não se assusta com o palavreado difícil e as conversas teóricas dos dois amigos. Do ponto de vista da interação e da resolução de problemas cotidianos, Penny dá show sobre os complicadíssimos gênios.  
Vieram-me à lembrança os estudos sobre inteligências múltiplas, de Howard Gardner (1985), cuja leitura nos fez ver a supervalorização dada pela escola e pela sociedade em geral a um tipo apenas de inteligência, em detrimento de outros. O raciocínio lógico-linguístico-matemático por muito tempo foi tido como tipo de inteligência perfeito e desejável.
Hoje se admite que os demais tipos são importantíssimos para a adaptação, a interação com os demais e a resolução de  problemas. A série mostra, com bom humor, que às vezes ser nerd não significa ter muita vantagem sobre quem faz da arte do viver descomplicadamente sua arma mais importante.

Quem disse que não fica?

Lembram-se do slogan que ajudou a eleger o palhaço Tiririca, que dizia "pior não fica" ? Pois fica. Segundo a Revista Veja (06 de abril), o nobre parlamentar acaba de contratar mais dois humoristas (José Américo Nicollini e Ivan de Oliveira), do programa A Praça é Nossa, para seus assessores. Cada um deles recebe 8000 reais de salário, sem comparecer ao trabalho. Que palhaçada unida e inteligente, não? E nós pagamos por mais essa comédia, que não tem graça nenhuma!